Roger Waters: "The Wall" pode voltar

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Getty Images

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Marcelo de Assis

Roger Waters não tem descanso!

O genial músico que completou 70 anos em setembro já está preparando o sucessor
de Amused to Death, lançado pela Columbia Records em setembro de 1992.

Quando digo “sucessor” é porquê o que vem por aí é o seu primeiro trabalho integralmente autoral de rock em 21 anos!

Lembrando que em 2000 ele lançou o disco ao vivo In The Flesh com registros da referida turnê e depois disso Flickering Flame (que contém uma releitura do clássico Knockin´ On Heaven´s Door do Bob Dylan) e Ça Ira, o grande musical erudito que foi apresentado em São Paulo em maio deste ano.

“Tem 55 minutos de duração.Tem músicas e um aspecto teatral também. Não quero dar muitos detalhes agora, mas é direcionada para tocar nas rádios. Tem personagens que conversam entre si e é como uma aventura”, disse o músico em entrevista a Rolling Stone.

E se existe possibilidade de que a turnê The Wall volte um dia, ele deixou um traço de esperança:

“Não estou pensando nisso agora, mas não vou dizer que não o faria. Eu acho que há audiência. Nós fizemos 219 shows, o que é bastante”, finalizou

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ROGER WATERS: "ÇA IRA" REVELA PRIMOR EM PRODUÇÃO 100% BRASILEIRA

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[embedvideo id=”blqnvYWON7Q” website=”youtube”]As apresentações da ópera Ça Ira em São Paulo, a primeira da brilhante carreira de Roger Waters, mostraram em sua profundidade que o Brasil sempre estará pronto para as grandes óperas.

Baseada no libreto de Étienne e Nadine Roda-Gil , esta não foi a primeira vez em que Ça Ira brilhou em palcos brasileiros: no Festival Amazonas de Ópera em 2008, o público assistiu ao espetáculo com uma roupagem bem diferente da atual, seguindo à risca o roteiro de Roger.

A montagem apresentada no Theatro Municipal de São Paulo transportou a ópera com mais objetividade aos dias de hoje, tendo o narrador, o excelente Leonardo Neiva em uma biblioteca e os atores e cantores vivendo a loucura imaginária em um sanatório, no audacioso trabalho realizado pelo diretor André Heller-Lopes.

Importante ressaltar que Lika Geribello, idealizadora do projeto e que também assina a coordenação da produção, com uma habilidade ímpar, trouxe a referida ópera ao Brasil por duas vezes.

As músicas, todas compostas por Waters e que nas mãos do grande maestro Rick Wentworth que também assina direção musical do espetáculo, criou a perfeita conexão entre os atos impressos na ópera com uma ambientação musical impecável.

No palco, sopranos, barítonos e tenores, de grande talento, bradaram, questionaram e vivenciaram os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade em um cenário inspirado no artista plástico Artur Bispo do Rosário (1909-1989).

Foto:  Manuela Scarpa / Rio News

Foto: Manuela Scarpa / Rio News

Coube a Renato Theobaldo e Beto Rolnik desenvolver a estética ideal dos designs. A iluminação dirigida por Fabio Retti e os figurinos de Rosa Magalhães contribuiram para uma belíssima fotografia. O público, que compareceu em massa nos quatro dias de apresentação, pareciam deslumbrados a cada momento, apreciando cada detalhe daquela mensagem que, segundo Waters, é muito clara: “Liberdade e Razão vivem!”.

As cenas que ilustram a entrevista coletiva de Roger Waters abaixo, são de uma apresentação na Ucrânia.

Confira abaixo a ficha técnica da equipe:

Direção Musical e Regência: Rick Wentworth Direção: Andre Heller-Lopes Cenografia: Renato Theobaldo Figurino: Rosa Magalhães Iluminação: Fabio Retti Visagista: Anderson Bueno Direção de Movimento: Luiz Fernando Bongiovanni Maestro assistente: Luiz Gustavo Petri Efeitos sonoros: Miguel Briamonte

Idealização do Projeto e Coordenação de Produção: Lika Geribello Direção de Produção: Cristiane Rossetto

Elenco: Lina Mendes, soprano Gabriella Pace, soprano Keila de Moraes, mezzo soprano Marcos Paulo, tenor Giovanni Tristacci, tenor David Marcondes, barítono Leonardo Neiva, barítono Eduardo Amir, barítono Leonardo Pace, barítono.