Cinco anos após o fim da banda Ira! o baixista Ricardo Gaspa lança seu primeiro álbum solo Gaspa – The Bass Player onde reuniu composições gravadas ao longo da sua carreira do Ira! e resgatou uma sonoridade mais acústica para as canções.
E o mais bacana disso é que não apenas não deixou o rock de lado, como o deixou mais orgânico. o cd é grandioso e conta com diversas participações especiais. Wander Wildner participa em duas músicas Tolo dos Tolos composição de Gaspa com Scandurra, além da balada Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro de sua autoria.
Marcelo Nova empresta sua voz e sua indentidade em Outubro de 65, música de sua composição, agora numa versão Rockabilly, que para quem não sabe é uma das principais influências musicais de Gaspa.
O músico aparece ainda em uma outra faixa, Tanto quanto eu, umas das primeiras músicas gravadas pelo Ira! e que na nova versão ganha um duelo de vocais entre Marcelo Nova e Gaspa que resolveu se arriscar nos vocais.
Gaspa Bass Player tem ainda com a participção de Landau, que dá o tom romântico do cd em Mistério e em Tudo de mim, outro sucesso do Ira! composto pela dupla Scandurra e Gaspa que conta também com a participação de Karon Sun nos vocais.
O novo álbum ainda apresenta duas canções inéditas em parceria com Ricardo Alpendre, tanto nas letras como nos vocais, Sobre o Outono e Rosas dos Ventos. Parceiro este que também participa do seu projeto Gaspa & Os Alquimistas, grupo de rock on roll à moda dos anos 50 que Gaspa mantém desde 2007.
O disco torna-se grandioso por suas participações, arranjos especiais, letras e melodia ganha ainda mais força, quando Gaspa dá um novo tom, uma nova cara para dois grandes sucessos do Ira!. Ciganos e Tarde Vazia, trazem um clima de saudade e nostalgia, mas ao mesmo tempo de novidade com a nova roupagem que as músicas ganharam nas vozes de Landau e Karol Sun, respectivamente.
O seu companheiro de tantos anos do Ira!, Edgard Scandurra falou sobre o novo disco de seu amigo: “O Gaspa bass player é um roqueiro sem alarde. O roqueiro! O roqueiro não precisa gritar pra ser ouvido, não precisa de pose pra ser rocker, não precisa de ternos bem cortados pra ser mod. Basta ser o homem do rock que vive o rock and roll na sua essência, na atitude, no olhar, no humor, em sua opinião e sobre tudo em sua volta. Um grande cara, com um grande disco“, disse.
E completou: “Estou emocionado ouvindo esse disco e muito orgulhoso de ter dividido e somado nos palcos e discos que fizemos”.