Peter Banks, do Yes, morre aos 65 anos

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Marcelo de Assis, da redação

Uma triste notícia para os fãs do rock progressivo: o guitarrista da formação clássica do Yes, Peter Banks, morreu aos 65 anos em sua residência em Londres.

O anúncio foi realizado por Billy Sherwood, que também fez parte do Yes, através de sua página no Facebook: “… esta é uma notícia triste. Foi uma honra trabalhar com Peter em muitas produções. Ele fará falta! Descanse em paz… Peter Banks”, disse.

Peter Banks foi co-fundador do Yes, uma das mais respeitadas bandas de rock progressivo, ao lado de Jon Anderson, Bill Bruford e Tony Kaye em 1968. Ele ficou na banda até as vésperas do lançamento do terceiro álbum do grupo The Yes Álbum, lançado em 1971. Depois fez parte do Zox & The Radar Boys com Phil Collins na bateria.

No ano 2000, Banks escreveu Beyond & Before, uma autobiografia autorizada. Atualmente, ele estava finalizando o álbum Flash: In Public, o seu último disco ao vivo.

Entrevista com John Helliwell, saxofonista do Supertramp

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Irreverente, bem humorado e um grande talento a serviço do rock e do jazz.

John Helliwell, lendário saxofonista do Supertramp conversou com o jornalista Marcelo de Assis em 2012, contou sobre o seu novo projeto Crème Anglaise onde se mantém fiel as suas raizes do jazz e, claro, falou muito sobre o Supertramp, nos revelando o lançamento do tão esperado DVD Paris.  Acompanhe:

Marcelo de Assis:  John, é um prazer enorme realizar esta entrevista com você para o The Music Journal Brazil. E você sabe que você tem muitos fãs no Brasil, graças a sua fantástica colaboração musical no Supertramp, certo?

John Helliwell: Estive com Supertramp durante 39 anos e a colaboração musical sempre foi muito boa. Estou orgulhoso do meu jeito de tocar com o grupo e eu acho que ele sempre esteve bem integrado para ajudar a produzir um som único.

Marcelo de Assis:  Quando começou a sua paixão pela música e, claro, pelo saxofone?

John Helliwell: Eu tinha 2 ou 3 anos quando ouvi meus pais cantando trechos de Handel’s Messiah – eu amava a música da época.  Eu tive aulas de piano quando eu tinha 9 anos e aos 13 anos eu fui atraído pelo clarinete. Comecei a aprender esse instrumento, então eu me interessei por jazz moderno e também comecei a tocar saxofone aos 15 anos. Eu fui inspirado por grandes saxofonistas de jazz, como Cannonball Adderley e Sonny Rollins.

Marcelo de Assis:  John, eu gostaria que você falasse sobre seu projeto Crème Anglaise, que é um grupo de jazz e que tem Mark Hart, que também fez parte do Supertramp. Como surgiu a idéia deste projeto? Ele reflete suas influências musicais?

John Helliwell: Eu tive um grupo de jazz desde 1992, quando fui estudar saxofone no The Royal Northern College of Music em Manchester. Em 2004 fui convidado para tocar em Genebra, na Suíça, para a empresa de relógios IWC e o diretor da empresa me implorou para incluir uma música do Supertramp.

Liguei para o Mark e convidei para se juntar a nós. Eu também decidi que eu precisava de um nome para o grupo, então eu inventei “Crème Anglaise”. Eu escolhi um nome francês porque se fala francês lá e também pode significar The Cream Of The Jazz musicians (A nata dos músicos de jazz, em inglês) Nós gostávamos de tocar juntos e, no ano seguinte, gravamos um CD.

Nós tocamos músicas escritas pelos membros da banda e mais alguns outros artistas favoritos.  No disco há músicos dos anos 40, 50, 60, 70 e 80!

Marcelo de Assis:  E como tem sido a receptividade do públco neste projeto?

John Helliwell: É um CD de jazz por isso vendeu poucas cópias em comparação com Supertramp, mas estou muito orgulhoso dele! Eu ouvi vários álbuns da cantora Barbara Walker com o pianista de jazz Uri Caine. Então a convidei para o projeto na Filadélfia, e ela disse “sim” imediatamente!

Marcelo de Assis:  Você tem uma profunda ligação com o jazz e o que se nota em seu trabalho, é que com grande versatilidade você conseguiu definir um estilo próprio, que marcou as canções do Supertramp. Este foi um grande desafio para você?

John Helliwell: Meu jeito de tocar neste álbum veio com muita facilidade por causa dos grandes músicos que me cercam. Eles são uma inspiração para mim!

Sobre o retorno do Supertramp na comemoração dos 40 anos da banda

Marcelo de Assis:  John, o Supertramp entrou em uma turnê comemorativa dos 40 anos de existência da banda. Como foram os shows pela Europa?

John Helliwell: A banda foi excelente! Tivemos nove músicos no palco e tem um som completo. Tocamos muito bem e os shows foram emocionantes e bem recebidos pelo público.

Marcelo de Assis:  Bom, aqui no Brasil existem milhares de fãs do Supertramp. Muitas pessoas questionam porque o Roger Hodgson não fez parte desta turnê comemorativa. O que aconteceu de fato?

John Helliwell: Antes da turnê, houveram negociações entre Rick Davies e Roger Hodgson. Eles não puderam concordar sobre vários aspectos da turnê, então, Roger não quis se juntar a nós.

Marcelo de Assis:  Vocês pretendem se reunir novamente? Se existir alguma possibilidade de isto acontecer, que tal vir ao Brasil novamente?

John Helliwell: Eu não acho que uma reunião entre Rick e Roger seria possível porque Roger, talvez, queira muito controle. Rick e a banda gostariam de vir para o Brasil. Talvez em algum momento (…..?)

Marcelo de Assis:  Certa vez eu vi em uma entrevista que Roger Hodgson chegou a dizer que você era o saxofonista preferido dele.  Como é a sua amizade com ele nos dias de hoje?

John Helliwell: Bem, isso é uma coisa agradável de se ouvir! Ele é um dos meus cantores favoritos. Nós não nos vemos muito hoje em dia. Ele está sempre em turnê e eu vivo em Inglaterra

Marcelo de Assis:  Outra questão que eu queria levantar aqui, é que eu acompanhei durante alguns anos a expectativa dos fãs em um lançamento em vídeo do lendário show “Paris”  que vocês realizaram em 1979. Existe algum projeto para o lançamento de um DVD?

John Helliwell: O concerto em vídeo será lançado neste ano, provavelmente em setembro por uma empresa chamada Eagle. Ficou muito bom, você vai gostar!

Marcelo de Assis:  Para você, qual foi o melhor álbum do Supertramp?

John Helliwell: Eu estou dividido entre Crime Of The Century (1974) e Breakfast In America (1979)

Marcelo de Assis:  John, você se apresentou com o Supertramp aqui no Brasil em 1988 nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Foi o maior público da história do Supertramp. O que você achou do público brasileiro?

John Helliwell: Eles amam a música! Eles tem música correndo em suas veias!

Marcelo de Assis:  O que você mais gostou do Brasil?

John Helliwell: Das pessoas e sua música. Do calor (do sol e de vocês) e das Cataratas de Foz do Iguaçú

Marcelo de Assis:  Uma de suas mais famosas características é que você sempre se mostrou bem-humorado nas apresentações, até contando piadas na platéia. Tem sido assim até hoje?

John Helliwell: Eu comecei anunciando o Supertramp porque ninguem na banda queria mais fazer isso. Eu apenas tento ser natural e descontraído com o público.

Marcelo de Assis:  Você gosta da música brasileira? Você tem algum artista favorito?

John Helliwell:  Eu não conheço a musica popular brasileira moderna mas eu gosto de Ivan Lins, Djavan, Gilberto Gil, Antônio Carlos JobimCaetano Veloso.

Marcelo de Assis:  Quando você vai trazer o Crème Anglaise para o Brasil?

John Helliwell:  Quando você me chamar!

Marcelo de Assis:  Tudo bem John. Caso venha, além de ser muito bem recebido pelo nosso público, eu ja separei todos os discos do Supertramp que eu tenho para você autografar, combinado?

John Helliwell: Eu assino qualquer coisa, menos um cheque! (risos)

Marcelo de Assis:  John, muito obrigado pela sua entrevista. Além de ser um dos maiores músicos do rock e do jazz, você é um gentleman! Gostaria que você deixasse uma palavra aos fãs brasileiros….

John Helliwell: Não mudem! Eu adoraria vê-los novamente, seja com o Supertramp  ou o Crème Anglaise. Até mais meus amigos!

 

The Mars Volta chegam ao fim

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Marcelo de Assis, da redação

O duo The Mars Volta chegou ao fim. O anúncio foi realizado pelo vocalista Cedric Bixler-Zavata nesta quinta-feira (24) através da página da banda no Twitter: “Não posso me sentar aqui e fingir. Não sou mais um integrante do The Mars Volta”, disse.

Tudo leva a crer que a decisão foi resultado de divergências entre ele e seu companheiro Omar Rodriguez-Lópes.

Eles estavam em turnê do mais recente álbum Noctourniquet lançado em março do ano passado, mas não conseguiram concluir todas as apresentações.

Com o fim do duo progressivo, Cedric concentrará seus esforços em seu outro projeto, o Bosnian Rainbows.

Eles estiveram no Brasil em 2010 no palco do SWU.

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