
Divulgação
Colaboração de André Kostta – O Lollapalooza 2013 teve o grupo The Killers como atração principal, na sexta-feira (29) e reuniu uma média de 52 mil pessoas no Jockey Club, em São Paulo.
Além dos Killers, o festival teve um sensacional show do Cake e a catástrofe do The Flaming Lips que foi a decepção da noite, para a maior parte dos fãs e para mim. O espaço para as crianças, o Kidzapalooza, foi um dos destaques do evento, com direito a concorridas oficinas de bateria ministradas por Igor Cavalera.
Quanto ao Killers, a banda americana entrou com apenas oito minutos de atraso já que a apresentação estava marcada para 21h30. Com Mr. Brightside, Brandon Flowers e sua troupe iniciaram o espetáculo de forma arrebatadora, deixando todos hipnotizados com a mistura de rock contemporâneo e sintetizadores vintage que contrastavam com seus refrões mortais.
A maior parte dos hits foi retirada do quarto álbum da banda passando também pelos principais sucessos como Somebody told me, Read my mind, Human e Runaways. O que mais me impressionou foi a forma fácil em que o vocal de Flower interpretava lírica e quase dramaticamente as canções que se misturavam com a energia do rock quase britânico da banda norte americana.
O grupo não escondeu a felicidade com a boa receptividade do público brasileiro presente ao Lolapalooza. Em alguns momentos o instrumental da banda era menos audível que seus fãs ensurdecedores
Bons de palco
Logo nos primeiros acordes é perceptível notar que a banda ao vivo consegue ser infinitamente superior aos seus álbuns de estúdio, o que empresta total credibilidade aos músicos já que poucas vezes conseguimos ver tal desempenho nos palcos e com o showbusiness cada vez mais enlatado, o desempenho do Killers chega a ser um fato raro.
Com o público em catarse, o auge do show aconteceu na décima terceira canção. All These Things That I’ve Done talvez seja o maior hit-single do quarteto. A música sintetiza o que o Killers tem de mais notável: refrões marcantes, música de alta qualidade e performance de palco extraordinária!
As 22h44 o Killers saiu do palco. Passados alguns minutos, os músicos regressaram e Flowers questionou: Sentiram nossa falta?. Diante da manifestação afirmativa, ele respondeu: Nós também sentimos.
Mais uma trinca de canções rolou no concorrido no bis: This Is your life, Jenny was a friend of mine e, por fim, a minha preferida, When you were young.
Flowers sobretudo, é um destemido adestrador que solta o animal em palco. Com o virtuosismo e complexidade dos arranjos, ele atinge a meta com total personalidade.
The Killers é um grito demasiadamente alto e surdo para um motor bi combustível e de tanta potência.
Longa Vida ao rock e ao Killers!