Se você assistiu o vídeo Somebody That I Used To Know do cantor belgo-australiano Gotye com certeza conferiu a performance da cantora neo-zelandesa Kimbra.
Aliás, não foram somente as duas estatuetas do Grammy de Melhor Álbum de Música Alternativa e Gravação do Ano que ela conquistou participando do multi-platinado Making Mirrors do Gotye. Eles conquistaram, também, uma projeção artística notável.
Até o fechamento desta matéria, o referido vídeo ja contava com mais de 381 milhões de visualizações no YouTube, além dar um fôlego á música alternativa, que já brilhava há alguns anos nos bastidores do mercado musical e que só precisava realmente de uma consagração. E ela chegou.
Mesmo já conhecendo o trabalho da Kimbra há alguns anos, resolvi mergulhar um pouco mais no universo desta jovem cantora de 22 anos, que despertou a atenção da crítica especializada em seu pais natal, Nova Zelândia e na Austrália.
Nascida Kimbra Lee Johnson, ela cresceu na cidade neo-zelandesa de Hamilton. Seus pais não eram da area musical: sua mãe era enfermeira e o seu pai, médico. Mesmo assim, eles apoiaram a decisão da filha, que já escrevia músicas aos 10 anos e, aos 12 ganhou sua primeira guitarra. Era o início de uma promissora carreira.
O seu álbum de estréia, Vows lançado em agosto de 2011 levou um pouco mais de dois anos para ficar pronto. Kimbra assinou um contrato com a Warner Bros. Records e emplacou nas paradas três sucessos: Settle Down, Good Intent e Cameo Lover. Esta última, foi lançada com uma proposta totalmente voltada para o pop, para dar um impacto inicial no mercado. E deu certo: ela conquistou o prêmio de Melhor Artista Feminina pela ARIA, orgão de regulamentação fonográfica na Austrália, além de conquistar duas certificações de Disco de Platina na Australia e Nova Zelândia.
Kimbra tem uma potência vocal interessante, com excelente controle dos agudos, que alterna com a leveza de um susurro ou a ousadia de um “Scat”, técnica utlizada por cantores de jazz nos anos 50.
Em suas apresentações, Kimbra exterioriza sua música através de suas mãos, sempre inquietas, como se estivesse a materializá-la. Alias, a mescla de estilos nas composições de Kimbra fortalece sua personalidade artística, porque não é sempre que temos pedaços de Soul, Jazz e R&B com tanta sutileza dentro do pop.
Isso, tenha certeza, ela tira de letra. É uma bela aposta!
Confiram este vídeo que eu separei, onde Kimbra canta Cameo Lover, uma das faixas do álbum Vows, para a rádio californiana KCRW:
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